terça-feira, 11 de novembro de 2014

Abaixo a discriminação

  Após a oficialização da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa com o candidato do PSDB, Aécio Neves, uma explosão de intolerância e preconceito principalmente contra os nordestinos, que votaram em peso na candidata petista, tomou conta das redes sociais.
  Fiquei horrorizado com as manifestações verbais, de baixo escalão, escritas e vídeos se espalharam como rastilho de pólvora com xingamentos e postagens racistas. Além dos nordestinos, os alvos também são os pobres de uma forma geral, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  A maioria das manifestações preconceituosas é apócrifa. Mas da para perceber que os xingamentos vieram de uma elite que não aceita ter perdido privilégios.
As discussões chegaram ao ponto de amizades virtuais, construídas em anos de curtidas mútuas, serem encerradas por meio de guerra de postagens. Esse tom de "briga" virtual e conflito de ideias ocorreu durante toda a eleição, em clima de torcida a favor e contra os candidatos da preferência de cada um, mas ao final também explodiu de forma geral.
  Particularmente condeno qualquer ação preconceituosa, até porque sou negro e sem bem o que é ser discriminado, por isso condeno o conteúdo violento das manifestações preconceituosas. Além disso, sempre me posiciono contra toda forma de violência, de ódio e de atos discriminatórios. Se o nordeste fosse tão ruim assim, a maioria das pessoas não passariam as suas férias lá.  Conheço poucas pessoas nordestinas, mas acho que esse povo é muito sofrido e merece o nosso respeito.
  Acho que todos os partidos devem olhar para esse povo, assim como devem olhar para todos os pobres do Brasil, com o mesmo respeito que eles olham para os paulistas. Enfim, eles provaram que têm força do voto e podem eleger ou derrubar um candidato. 

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