terça-feira, 29 de novembro de 2022

 

Amigos prestam homenagem ao Pastor Paulo Roberto


A amigos e fiéis que frequentam a Igreja Assembleia de Deus, localizada na rua José Guilherme 227, no centro, Ouro Branco prestam uma homenagem ao Pastor Paulo Roberto, falecido recentemente. Ele deixou muitas saudades, pelo seu carisma, devoção e trabalho prestado a sua missão enquanto líder religioso. Segundo amigos, Pastor Paulo Roberto dedicou sua vida a pregação do evangelho e deixou como maior ensinamento que todos devem amar a Deus sobre todas as coisas e gratidão a Deus.

Pastor Paulo Roberto nasceu em 29 de junho de 1947, em Nova Lima e morreu em 25 de setembro deste ano. Apesar de ter tido uma infância muito difícil, com pouco recurso financeiro, sempre dizia que essa foi uma época muito feliz para ele. Chegou em Ouro Branco em 1979 e trabalhou na Emite, Elba e Açominas onde se aposentou em 1993. Depois trabalhou por 12 anos no Sindicato dos Metalúrgico. Era formado em Ensino Médio e Bacharelado em Teologia pela ETAD e se tornou pastor em 2002.

Ele deixou esposa Maria de Lourdes Roberto e três filhos vivos Luciana, Jonatas, Paula, mas teve também e Lívia, que já é falecida.

 

Cadastro Escolar 2023 para estudar na rede pública de ensino

Agora é a vez dos alunos que querem entrar na rede pública de ensino de Ouro Branco e daqueles que precisam mudar de escola garantirem a sua vaga para o próximo ano. Já estão abertas desde a última desta quarta-feira, dia 9 de novembro, as inscrições do Cadastro Escolar 2023. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do Sistema Único de Cadastro e Encaminhamento para a Matrícula (SUCEM), até o dia 30 de novembro, no site cadastroecolar.educacao.mg.gov.br.

Devem se cadastrar alunos QUE IRÃO INGRESSAR NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL COM 6 ANOS COMPLETOS ATÉ 31/03/2023, ALUNOS CONCLUINTES DO 5º ANO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS QUE IRÃO INGRESSAR NO 6º ANO, ALUNOS CONCLUINTES DO 9º ANO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS QUE IRÃO INGRESSAR NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO. ALUNOS DE OUTROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E EJA QUE DESEJAM INGRESSAR NA ESCOLA PÚBLICA.

Mas atenção porque alunos que ESTÃO CURSANDO O 2º PERÍODO E O 5º ANO EM 2022 E QUE JÁ RENOVARAM MATRICULA PARA CURSAR O 1º ANO E 6º ANO EM 2023, NÃO PRECISAM REALIZAR CADASTRO. O resultado do cadastro, com a informação com o nome da escola a qual deverá ser realizada a matrícula será encaminhada pelo e-mail que consta no cadastro no dia 12 de dezembro.

As matriculas deverão ser feitas entre os dias 13 a 20 de dezembro de 2022, nas escolas municipais. Além disso, o cadastramento escolar obedecerá a lei de zoneamento e no ato da matrícula todas as informações mencionadas no cadastro deverão ser comprovadas por meio de documentação. No caso de dificuldade, procure ajuda na escola mais próxima de sua residência ou pela informações pelos telefones: 3938-1170 ou 3938-1174



 

Solteiros e Casados da 

cidade de Ouro Branco-MG




 

Audiência Pública no plenário da Câmara Municipal de Ouro Branco-MG



segunda-feira, 28 de novembro de 2022

 

ADESIAP divulga curso Coletivo Online para escolas 

públicas de Ouro Branco


 A ADESIAP (Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba) realizou no início de novembro, visitas às escolas públicas de Ouro Branco, apresentando o curso Coletivo Online, que tem a finalidade de capacitar e mobilizar a comunidade jovem da cidade. O curso é preparatório para quem busca entrar no mercado de trabalho e tem parceria com o Instituto Coca-Cola Brasil.

O Coletivo Jovem é um curso totalmente online com 11 encontros, onde são abordados temas como construção de currículo, preparação para entrevistas de emprego, planejamento financeiro, plano de vida e empregabilidade.

 Ao final do curso, o aluno recebe um certificado podendo assim participar de processos seletivos de parceiros do Coletivo Jovem e do Sistema Coca-cola.

 O projeto é uma iniciativa da ADESIAP com intuito de fortalecer o desenvolvimento local.

 Para mais informações: (31) 9 9968-1236.

 

Créditos Adicionais Suplementares ao Orçamento Municipal


 

O Projeto de Lei nº 118/2022, encaminhado pelo Executivo ao Legislativo Municipal no início de outubro, dispõe sobre a abertura de Créditos Adicionais Suplementares ao Orçamento Municipal no valor de R$13.191.132,59. Ele foi aprovado em sessão extraordinária da Câmara realizada no dia 7 de novembro. Anteriormente, ele teve pedido de vista, ficou em diligência na Comissão de Obras e Serviços Públicos, e foi sobrestado na Câmara, tendo sido aprovado em primeira votação em sessão extraordinária realizada no dia 4 de novembro.

 Segundo o projeto, o valor será alocado em diversas secretarias municipais. A suplementação é um expediente legal previsto no artigo 40 e seguintes da Lei Federal 4.320/64 e se presta a permitir que o orçamento público seja ajustado conforme as intercorrências financeiras não previstas, porém verificadas, ao longo da execução orçamentária anual.

 A vereadora Valéria questionou a apresentação de mais um projeto de suplementação de receita pelo Executivo. Ela argumentou que o excesso não é real, sendo ainda uma expectativa de arrecadação. O vereador Neymar Meireles disse que receitas inesperadas, como o pagamento de royalties do gás, se somaram ao orçamento municipal. E que a expectativa de receita se baseia no ano anterior, por isso se fazem necessárias as apresentações de suplementações ao orçamento municipal, reajustando as fichas orçamentárias de acordo com a nova realidade.

 A vereadora Nilma lembrou que a aprovação do projeto foi fundamental para garantir recursos para pagamento dos servidores contratados da Educação: “o que importa é que estão chegando recursos para o Município e que há condições de pagar estas pessoas”.

 Imóvel para creche

 A maior discussão entre os vereadores que envolve o projeto diz respeito à compra de imóvel para creche que atenda aos bairros Pioneiros, Inconfidentes, Siderurgia e proximidades. O tema foi pauta, inclusive, de reunião realizada entre os vereadores e a Secretaria de Educação no dia 1º de novembro. Atualmente, segundo a Secretaria de Educação, a fila de espera por creches no Município tem cerca de 800 pessoas, sendo que a maior demanda vem da região central da cidade. O vereador Warley Pereira lembrou que Ouro Branco tem uma demanda reprimida real por vagas em creches e que, ano que vem, com a adequação à legislação que diminui o número de alunos por turma, a situação tende a piorar. Entretanto, a aprovação do PL 118 pela Casa Legislativa não aprova a compra de nenhum imóvel. Para a compra de imóvel para destinação à creche, o Executivo deve apresentar um outro projeto de lei à Câmara Municipal.

 A Secretaria Municipal de Educação apresentou proposta, na reunião com os vereadores, de compra do local onde funcionava a antiga Dismove, no valor de cerca de R$3 milhões. O relatório da Comissão de Obras e Serviços Públicos apresentou outras opções, entre elas o imóvel da Rua Itaunense, Siderurgia, onde funcionava a Coopped. Entretanto, a vereadora Nilma argumentou que, apenas em dívidas, o imóvel da Rua Itaunense soma quase R$3 milhões.

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Lei Orçamentária Anual 2023

 


No final de agosto, o Executivo encaminhou para a Câmara o Projeto de Lei nº 106/2022, que estabelece Proposta Orçamentária, estimando a receita e fixando a despesa do município de Ouro Branco para o exercício de 2023. Após diversas reuniões entre os dois Poderes e Audiência Pública realizada no dia 20 de outubro, o Executivo encaminhou, no dia 10 de novembro, um Substitutivo ao PL 106, atendendo a demandas dos vereadores apresentadas à Secretaria de Planejamento. O presidente da Casa Legislativa, vereador Lan Andrade, convocou Sessão Extraordinária para votação da LOA no dia 17 de novembro e a vereadora Valéria Lopes pediu vista do projeto, assim como o vereador Neymar Meireles pediu vista das Emendas apresentadas ao PL. A LOA volta para votação em mais uma Sessão Extraordinária convocada para o dia 21 de novembro.

 

A proposta orçamentária do Município de Ouro Branco para o exercício de 2023 estima a receita em R$ 268.917.740,58 (duzentos e sessenta e oito milhões, novecentos e dezessete mil, setecentos e quarenta Reais e cinquenta e oito centavos) e fixa a despesa em igual valor. Esse valor é cerca de 34% superior ao orçamento de 2022. A estimativa da receita está fundamentada na previsão de arrecadação dos tributos, rendas e outras receitas correntes e de capital, na forma da legislação em vigor. As maiores despesas fixadas para 2023 são com a Educação (R$69.213. 223,73), seguida pela Saúde (R$68.017.251,03).

                      

Saiba mais sobre a LOA

 A Lei Orçamentária Anual (LOA) é a peça de planejamento que garante o gerenciamento anual das origens e das aplicações dos recursos públicos. Por meio do orçamento, define-se o montante de recursos que se espera arrecadar e a forma como esses recursos serão aplicados pela administração pública municipal. 

 A LOA deve ser elaborada de forma compatível como o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois sua finalidade é concretizar, em termos financeiros, os objetivos e metas definidos nessas duas leis para o período de um ano. 

 A LOA deve estimar os gastos e os valores a serem arrecadados, além de apontar, situar e quantificar os bens e serviços a serem ofertados pelo Município à sociedade como retorno pelos tributos pagos.

 A LOA, juntamente com a LDO e o PPA, compõe os três instrumentos de planejamento orçamentário do Município. A LDO 2023, já aprovada pela Câmara Municipal no dia 20 de junho, estabelece diretrizes para a confecção da LOA, contendo metas e prioridades do governo municipal e despesas de capital para o exercício financeiro seguinte. Também fixa limites para os orçamentos do Legislativo e dispõe sobre gastos com pessoal. Já o PPA estabelece as diretrizes e os objetivos da administração pública e apresenta os programas governamentais com seus recursos, indicadores e metas para um período de 4 anos (2022-2025), tendo sido aprovado na Câmara Municipal no dia 26 de novembro de 2021.

 

Um planejamento orçamentário consistente é necessário para que o poder público possa desempenhar suas funções com critério. Em que gastar (Saúde, Educação, Saneamento, etc.), quanto gastar, e de onde virá o dinheiro deve ser definido por esses três documentos presentes no modelo orçamentário introduzido pela Constituição Federal de 1988.

 

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Conheça a primeira vereadora de Ouro Branco

 


A primeira Legislatura da Câmara Municipal de Ouro Branco data de 1955 a 1958. Mas a primeira mulher a ocupar o cargo de vereadora na cidade veio apenas em 1977: Zélia Maria Guedes é o nome desta pioneira.

 Zélia exerceu o mandato por duas Legislaturas: de 1977 a 1982 e de 1983 a 1988. Nascida em 1932, em Teófilo Otoni, Zélia veio para Ouro Branco em 1962. Trabalhou na antiga Coletoria – hoje Secretaria da Fazenda Estadual.

 Segundo seus familiares, Zélia amava Ouro Branco e tinha muita gratidão pela cidade que a acolheu e onde criou seus filhos e, por isso, escolheu atuar na vida pública. Trabalhou, principalmente, pelos doentes e pessoas que necessitavam de aposentadoria, acolhendo a todos e tentando resolver os problemas daqueles que a procuravam.

 Zélia viveu seus últimos três anos em Vitória – ES, ao lado da filha. Lá completou 90 anos no dia 31 de agosto de 2022 e faleceu no último dia 13. Viúva, mãe de dois filhos, avó de dois netos. E primeira mulher a ser vereadora em Ouro Branco. Zélia fez história e, por isso, hoje merece toda reverência da cidade que ela escolheu para viver e trabalhar.

 

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022


Jogo da seleção brasileira de futebol no dia 24 de novembro de 2022

 


 Audiência Pública sobre TEA na Câmara Municipal

 

Em debate, políticas públicas municipais voltadas para o Transtorno do Espectro Autista

 


“Transtorno do Espectro Autista (TEA): políticas públicas municipais” foi tema de Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Ouro Branco no dia 19 de novembro. “O objetivo de nos reunirmos aqui hoje é discutir aspectos objetivos e incentivar a sociedade a refletir sobre os direitos que os autistas e suas famílias possuem”, destacou o presidente da Casa Legislativa, vereador Lan Andrade. “Não estamos aqui como partes opostas, poder público e famílias, estamos aqui em busca de parcerias e soluções”, afirmou a vice-presidente, vereadora Nilma Silva.

 

O transtorno do espectro autista é caracterizado por algum grau de dificuldade na interação social e na comunicação. Nem todos os autistas têm a necessidade de apoio constante, e vários podem ter uma vida independente, enquanto outros dependem de terapias e acompanhamento mais de perto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada 100 crianças no mundo tem o transtorno. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as oportunidades de desenvolvimento.

Durante a audiência, familiares de autistas expuseram as dificuldades enfrentadas, especialmente no ambiente escolar e no atendimento de saúde. Edvane Silva, mãe de uma criança autista, conselheira municipal da Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas (ONDA) e do Grupo de Pais de Autistas de Ouro Branco (TEAR), em seu pronunciamento, destacou que o acesso a tratamentos adequados e políticas públicas eficientes podem fazer a diferença no desenvolvimento de quem possui o transtorno. Segundo ela, as famílias, sobretudo as mais carentes, não têm acesso a terapias na qualidade e quantidade necessária: “o autismo só regride com tratamento adequado, por isso peço a vocês, que podem fazer a diferença, que realmente façam!”, cobrou.

 

Patrícia Cavalcante, também mãe de uma criança autista, autista diagnosticada tardiamente e membro do TEAR, e Fernanda Moraes, mãe de uma adolescente autista e também conselheira da ONDA e membro do TEAR, falaram sobre a inclusão no ambiente escolar. “A intervenção adequada gera grandes avanços. É passada a hora de sair do discurso e partir para a prática, pois já temos muitas leis aprovadas e falta ação, além de ferramentas para uma fiscalização adequada”, lembrou Fernanda.

 

Pai de autista, o procurador municipal, dr. Alex Alvarenga, reafirmou a importância de discussões sobre o tema. “Como envolvido na causa e servidor público, sei das dificuldades de ambos os lados. Por isso, momentos de diálogo como esse são tão importantes”. Ele lembrou, também, que não adianta tratar o paciente se a família não tiver condições sociais.

 

Saúde e Educação

 

Segundo a secretária municipal de educação, Edvânia Pereira, Ouro Branco tem hoje 59 alunos com diagnóstico de TEA nas escolas municipais. Já os dados da secretaria municipal de saúde, coletados em agosto de 2022, apontam para 119 pacientes.

 

Atualmente, segundo a secretária Edvânia, a Educação conta com capacitação da comunidade escolar para o tema. Já para 2023, os planos são de treinamento e capacitação contínuos, contratação de coordenadores pedagógicos especializados em inclusão, de mais monitores, de professores de apoio, implantação de sala de recursos com cinco pólos para atendimento no contraturno escolar, e também oferta de atividade física uma vez por semana no contraturno, especialmente destinada ao público autista. Questionada sobre a quantidade de alunos autistas por monitor em sala de aula, a secretária informou que é necessário avaliar caso a caso, já que isso depende do grau de cada aluno.

 

Já na Saúde, Ouro Branco oferece atendimento especializado quinzenal em neuropediatria e reativou o convênio com a APAE, após a finalização do convênio com o Governo Federal. Pelo convênio, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ouro Branco oferece atendimento em fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, e neuropediatria, além de contar com um assistente social. Os atendidos são avaliados por uma equipe multiprofissional para que, a partir da avaliação, sejam direcionados para os atendimentos necessários. Segundo o secretário municipal de saúde, dr. Eduardo Guimarães, também será criado, no próximo ano, um núcleo de referência para tratamento de autistas na cidade, em um dos pavilhões da antiga Escola Estadual Antônio Sérvulo Torres, no Pioneiros.

 

“Política pública se faz com diagnóstico”

 

Para a secretária municipal de desenvolvimento social, Bruna Stelamares, é muito importante ter dados corretos sobre a população autista na cidade para que as políticas públicas funcionem. Segundo um relatório produzido pela assistência social, são 179 diagnosticados com TEA na cidade. Mas ela acredita que sejam muitos mais, se for levada em conta a proporção de casos de autismo na população. E ela aguarda os dados do Censo para ter esse número real. “Política pública se faz com diagnóstico”, alertou a secretária.

 

Pela Lei Municipal 2.495, chamada de “Lei Zulmira Cotta”, a articulação desta é da Assistência Social. “A assistência é garantidora de direitos e realizamos nosso papel, provocando todas as outras secretarias a cumprir isso”, destacou a secretária. De responsabilidade direta da assistência social é a emissão da Ciptea, a carteirinha que contém informações de identificação da pessoa com Transtorno do Espectro Autista, contato de emergência e, caso tenha, informações de seu representante legal/cuidador para trazer mais segurança e autonomia para os beneficiários do serviço. A Ciptea é um instrumento que visa garantir a atenção integral, o pronto atendimento e a prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social, mediante a apresentação do documento pelo cidadão. Mas, segundo a secretária Bruna, é baixa a aderência à Ciptea em Ouro Branco, sendo que só 55 foram emitidas até o momento e duas estão em confecção.

 

Questionada pela vereadora Nilma sobre a concessão de Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com TEA, Bruna esclareceu que o benefício não é gerido pelo Município, e sim pelo Governo Federal, mas o cadastro é feito pela equipe da secretaria. E, desde 2017, o prazo para concessão do benefício passou de 30 para até 12 meses. “Lembrando que, pela Lei Orçamentária Federal aprovada para o ano que vem, não existem recursos nem para o BPC nem para o Auxílio Brasil”, alertou a secretária.

 

Atenção à votação da LOA 2023

 

A vereadora Valéria Lopes lembrou que, no dia 17 de novembro, vai a votação na Câmara Municipal a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Município para 2023. “Se não tiver recursos, nenhuma das ações aqui mencionadas poderão acontecer, e nem se não tiver recursos alocados no local certo”, alertou.

 

“Na LOA, por exemplo, está previsto o valor de um milhão e 300 para o Ceprac (Centro Psicológico de Referência da Criança e do Adolescente), este valor seria o suficiente?”, questionou a vereadora. Ela lembrou, também, que cabe aos vereadores apresentar emendas a esta Lei Orçamentária e cobrou a reativação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

 

O vereador Warley Pereira afirmou que, desde a aprovação da Lei Zulmira Cotta, o trabalho não parou. “Agora estamos em busca destas demandas para fazer emendas à LOA. E vamos cobrar que tudo seja colocado em prática”.

 

Ricardo Leroy, servidor público municipal, pai de uma criança autista de 10 anos, também integrante do TEAR, disse que estava ali “para colocar o dedo na ferida”: “essa é a hora de olhar para o orçamento público municipal e fazer as emendas necessárias à nossa causa”, lembrou.

Cuidar de quem cuida

 

Fernanda Moraes lembrou da importância de se olhar para as mães dos autistas: “muitas estão depressivas, cansadas, sem condições financeiras, e simplesmente não podem nem pensar em desistir, pois não têm que cuide por elas”.

 

Presidente da Comissão da Mulher da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Ouro Branco, a dra. Verônica Alencastro lembrou que a responsabilidade é de toda a sociedade, mas que, em 80% dos casos, apenas a mãe cuida em tempo integral do autista. “Vendo alguns pais aqui eu os parabenizo. Porque os dados mostram que 78% abandonam as famílias antes das crianças com qualquer tipo de deficiência completarem 5 anos”, lamentou.

 

A advogada lembrou que estas mulheres deixam de viver suas próprias vidas para cuidar de seus filhos, daí a importância de políticas públicas e de leis de fato funcionais. “Lembrando que as mães em situação de vulnerabilidade sofrem ainda mais”, concluiu.

 

Trabalho conjunto

 

“A burocracia não pode fazer com que se perca a janela de intervenção junto às crianças de até 6 anos”, lembrou Luiz Alberto de Rezende, presidente da Subseção da OAB em Congonhas e pai de um autista. “A Câmara é onde se coloca a vontade do povo para ser ouvida, daí a importância de ações como esta Audiência Pública”, lembrou.

 

Presidente do Conselho Municipal da Saúde e do Conselho Municipal da Mulher, Thalisiana Paiva apontou a Audiência Pública como um momento único de articulação da engrenagem entre população, legislativo e gestores. E lembrou que é preciso não ter medo do diagnóstico: “ainda que traga dor é extremamente necessário, pois todos os tratamentos reduzem o sofrimento ao longo da vida”. Matheus Serafim, membro voluntário do Conselho de Autistas da ONDA, lembrou da importância de seu olhar também para o autista adulto: “Nós, autistas adultos, diagnosticados na infância ou tardiamente, também precisamos de atenção, tratamento, acompanhamento, e também pedimos esse olhar do poder público sobre nós”.

 

No encerramento da Audiência Pública, a vereadora Nilma disse que a Câmara, dentro das suas limitações enquanto legisladora e não executora, está sempre à disposição da população. “Cabe a nós, vereadores, captar as necessidades da população e transformar em ações. Sabemos que o processo nem sempre é na velocidade que a população necessita mas, instrumentos como as audiências públicas reforçam esse canal que aproxima a população do poder público”, conclui.

 

 

Legislação

 

Ouro Branco conta com a Lei Municipal nº 2.495, de 19 de agosto de 2021, chamada de “Lei Zulmira Cotta”, em homenagem a fundadora e ex-diretora da Apae Ouro Branco, que institui sobre políticas públicas do município de Ouro Branco para garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. O projeto que deu origem à lei foi uma iniciativa do munícipe Matheus Henrique Serafim, que procurou o vereador Warley Pereira para estruturar o texto. Todos os demais vereadores assinaram o PL, devido à sua importância.

 

Pela Lei Municipal nº 2.495, é garantido no município de Ouro Branco a promoção de campanhas para conscientização sobre o TEA; atenção integral às necessidades de saúde deste público; estímulo à formação e à inserção no mercado de trabalho; promoção de um censo e de um cadastro para identificação das pessoas com o transtorno em Ouro Branco; garantia de acesso a diagnóstico precoce pelo município; direito a vagas exclusivas de estacionamento; passe livre para autistas carentes; carteira de identificação gratuita; instituição do uso do "colar do girassol" ou do "laço quebra-cabeça" como instrumento auxiliar de orientação de pessoas com deficiência não visível; entre outras.

 

Ouro Branco também conta com a Lei nº 2.304, de 10 de dezembro de 2018, que determina que estabelecimentos públicos e privados insiram placas de atendimento prioritário com o símbolo mundial do espectro autista. Pela lei, cabe poder executivo municipal, através de seu órgão competente, fiscalizar o cumprimento da mesma.

 

No Brasil, a Lei 12.764, de 2012 (Lei Berenice Piana), e a Lei 13.977, de 2020 (Lei Romeo Mion), garantem educação e atendimento multidisciplinar, além da prioridade a serviços públicos e privados às pessoas com autismo. Desde 2015, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para os diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

 Jornal O Alto Paraopeba - Edição 1174








 Jornal O Alto Paraopeba - Edição 1173








domingo, 20 de novembro de 2022

sábado, 19 de novembro de 2022

 

O Sparta Tênis Clube no bairro Primeiro de Maio da cidade de Ouro Branco-MG apresenta, no dia 19 de novembro, o show de Kadu Soares



 

O casal Admar e Maria completaram 60 anos de matrimônio,

 no dia 27 de outubro.

Parabéns!

Desejo muitas Felicidades!



sexta-feira, 18 de novembro de 2022

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

 

Admar e Maria celebra Bodas de Diamante

Admar Longuinho de Miranda, 81 anos, e Maria Martins de Miranda, 78 anos, celebraram Bodas de 60 anos de casados, na Igreja São José Operário no bairro Primeiro de Maio, no dia 29 de outubro. A celebração foi presidida por padre Geraldo Luzia.

Em seguida, eles receberam os parentes e amigos no salão de festa da Associação dos Aposentados de Ouro Branco.

O casal se conheceu na cidade de João Monlevade, em 1960, e se casaram no dia 27 de outubro de 1962.

Atualmente eles têm quatro filhos Silvana Martins Miranda (in memoria), Sidney Martins Miranda, Samuel Martins Miranda, Alisson Martins Miranda, além de sete netos e um bisneto.

Eles são muito conhecidos na região, uma vez que foram os primeiros moradores da rua Pains no bairro Siderurgia em 1978.