quarta-feira, 20 de abril de 2016

Feira de Artesanato e Gastronomia movimenta de Itatiaia









A Prefeitura, entre a cruz e a espada

  De um lado, o arroxo financeiro, de outro, reivindicações trabalhistas. Pressionada pela queda da arrecadação e pelas reivindicações do funcionalismo, a Administração Municipal passou parte da noite do dia 6 de abril estudando medidas enérgicas destinadas à redução de despesas, muitas das quais impopulares, a serem realizadas na esperança de ser poder dar atenção às solicitações trabalhistas dos servidores públicos.
  Se, até a noite do dia 6 de abril, a Prefeitura não havia sinalizado a possibilidade de conciliar as reivindicações dos servidores, tal não se deu, ainda que se quisesse resolver a questão, por não poder conferi-las em razão do entrave financeiro.
  Um pouco antes, à tarde do mesmo dia, o Sindicato arregimentou manifestação à frente da Prefeitura. Alguns dos servidores que aderiram à paralisação entraram no prédio da Prefeitura e, parados em frente à porta do Gabinete, manifestaram intensamente, em alta voz, promovendo também um apitaço quase ensurdecedor, terminando por desrespeitar o direito daqueles que queriam trabalhar. Essa ação dos manifestantes certamente apavorou servidores que preferiram não aderir à manifestação e estavam dentro da sede do Governo prestando seus serviços à população.
  Muito pressionada, a Administração, ainda que diante das finanças castigadas e perigosamente vulnerabilizadas pela impiedade da crise econômica, não encontrou outro meio senão realizar mais cortes e ações, visando tentar atender às solicitações dos servidores, pelo menos em parte.
  Não havendo outra saída, não encontrando meios para arrecadar verbas suficientes para atender às solicitações trabalhistas dos manifestantes, muitas ações deverão ser adotados e, inevitavelmente, irão ao encontro da impopularidade. Já à noite do dia 6, após receber representantes do Sindicato e de servidores, a Administração anunciou que não mais se utilizará dos serviços da Consultoria Áquila. Neste sentido, em relação às consultorias, a Administração já vinha fazendo cortes: outra consultoria que a Prefeitura decidiu, há alguns meses, a não mais contar com os serviços, foi a da Amadeus.
  Outra decisão foi a de reduzir o número de secretários por meio do acampamento de uma secretaria por outra. Já se havia feito acampar duas secretarias (Obras e Gestão Urbana), quando da reforma administrativa anunciada no princípio deste ano. Agora, decidiu-se, também, por fundir outras duas: a Secretaria de Cultura passa a acampar a de Esportes e Lazer e a Administração cuidará também do Planejamento. Tal determinação gerará a importante economia aos cofres públicos, pois que estará cortando o salário de três secretários. A atender às reivindicações dos manifestantes, e também à Lei de Responsabilidade Fiscal, além de economizar com salários de secretários, a Administração também precisou optar pela exoneração de servidores ocupantes de cargos gerenciais e de outros (ainda incertos quanto ao número) cuja natureza é comissionada, além de contratados.
  Contudo, as ações determinadas à noite do dia 6 e as que ainda estão por vir não se configuram em certeza de que a municipalidade atenderá às solicitações dos servidores. Que mais não seja porque a todos há a notoriedade da existência de avassaladora crise financeira e a Prefeitura, ainda que queira atender às solicitações trabalhistas de seus servidores, não pode, e não vai, em função do seu desejo, prejudicar a população que hoje é compreendida por quase quarenta mil habitantes. Em suma, a Prefeitura quer e vai realizar ações enérgicas que poderão beneficiar as reivindicações trabalhistas, todavia, neste momento obscurecido pela crise econômica, ainda não conseguiu se toldar de certeza dando-lhe conta de que alcançará tal objetivo, sem prejudicar a população.
  Os ajustes de fato já vinham sendo feitos. Contudo, outra, e talvez a mais rigorosa etapa de ajustes, infelizmente tornou-se necessária ocorrer a partir do dia 06 de abril. A que os ajustes de agora não sejam tão penosos à população, e aos próprios servidores, a Gestão Municipal sugere e incentiva o que se segue: - parceria da Prefeitura com o Sindicato; - solidariedade dos servidores que optaram pela manifestação; - união da reivindicação dos servidores que optaram pela manifestação, com a compreensão dos servidores que são conscientes das adversidades financeiras e que, por direito a ser respeitado, não aderiram à paralisação; - paciência dos prestadores de serviços e dos fornecedores de insumos.
  Neste momento é-nos a todos preciso entender que parceria, principalmente solidariedade, união, compreensão e paciência são indispensáveis instrumentos neste implacável momento de crise a manter, ainda que com dificuldades, serviços, obras e empregos.
  Abaixo, as primeiras medidas adotadas pelo Governo, após reunião com representantes do Sindicato e de servidores municipais:

Servidores municipais realizam manifestação

  Os servidores municipais de Ouro Branco pedem um reajuste de 11.8% a título de reposição de perdas com base na inflação acumulada nos últimos meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A prefeitura tem um prazo de 15 dias para pensar no assunto e o prazo começou a ser contado no dia 6 de abril, quando foi realizada uma assembleia de advertência e uma paralisação.
  Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Ouro Branco (Sindiouro), Kátia Stelamares, o objetivo da paralisação, realizada no dia 6 de abril, foi denunciar o não atendimento pela prefeitura às reivindicações salariais da categoria.  Durante reunião convocada pelo sindicato, na quinta-feira da semana anterior, dia 31 de março, a entidade apresentou ao funcionalismo, a resposta da prefeita Cida Campos, que não acenou com nenhuma reposição salarial aos servidores. Então ficou decidido pela paralisação de um dia.
  À tarde do dia 6 de abril, a Prefeitura chamou os representantes do Sindicato para uma reunião, quando foram oficialmente retomadas as negociações. A prefeita pediu 15 dias de prazo para que seu secretariado reorganize as despesas do Município a fim de que sejam definidas medidas de contenção de gastos. Ao final deste período os representantes sindicais devem ser convocados para nova reunião, quando os servidores esperam receber uma proposta concreta de melhoria salarial.

Nosso jornal faz 31 anos

  Neste mês de abril de 2016, o Jornal O Alto Paraopeba, primeiro periódico impresso da cidade de Ouro Branco, completa 31 anos de edição ininterrupta. São mais de três décadas de trabalho a serviço da comunidade de Ouro Branco.
  O jornal foi criado em abril de 1985 pelo Jornalista Virgílio Carlos, um visionário que na época não queria que a história de Ouro Branco passasse despercebida. Atualmente a família do jornalista comanda o jornal e temos como missão pessoal continuar o projeto iniciado por meu pai.
  O jornal possui grande importância, pois criou vínculos com as pessoas do lugar. Além de ser importante meio de informação para as pessoas do local, pois estas preferem ver notícias da sua cidade ou região a ver notícias de grandes jornais da capital que não lhe causam muito impacto. 
  Por todos esses anos, o jornal cumpriu o seu papel de informar, analisar e comentar os fatos, com precisão e isenção.  Além disso, esse veículo de comunicação contribuiu para a formação e fortificação da identidade, documentação histórica, moral e ética desta cidade e de outras da região.
  Essa a publicação evoluiu em formato e linha editorial. Política, esporte, arte, comportamento, cidadania, religião e diversos outros assuntos que  fazem parte da vida das pessoas desta cidade, foram acrescentados no dia-a-dia das edições com uma linguagem leve e informal.
  Nesta oportunidade, faço questão de agradecer todos os anunciantes, parceiros e leitores, que colaboraram para o sucesso dessa empreitada. Sem vocês, o jornal não teria chegado a essa marca.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Que tal criar o dia da verdade?

  A última sexta-feira foi marcada pelas brincadeiras do dia primeiro de abril. Foram muitas pegadinhas foram feitas tanto na esfera pessoal, como também pelo telefone e principalmente nas redes sociais.  O trote existe desde o início do século XX e dizem que ela começou na França e ganhou muita força no Brasil.
  Contudo o que mais me chamou atenção é que não é mais necessária a comemoração deste dia, tendo em vista que as pessoas estão já mentem no ano inteiro. Na verdade, atualmente deveriam existir um dia para comemorar a verdade, por que os outros 364 do ano  já são usados para se falar mentira.
  As pessoas estão mentindo em demasia e os psiquiatras já não sabem mais diferenciar os mentirosos compulsivos e os mentirosos conscientes. Existem casos que podem até mesmo configurar sintomas de transtornos de personalidade.
As pessoas criaram até mesmo as chamadas “mentiras sociais” ou “mentiras boas”, aquelas que falam que a roupa da amiga ficou ótima, mesmo estando horrível. Mas nem sempre as mentiras sociais são usadas para o bem. Vendedores de loja por usam deste artifício só para vender.
  Existem pessoas que mentem tanto que até acreditam em suas mentiras, no mundo paralelo que cria para si. Já o mentiroso consciente sabe que não está falando a verdade. Mente para ter um benefício específico. Fala que não traiu só para manter a relação. Políticos que enganam a população para manter o cargo ou perpetuar o poder sabendo que estão mentindo.

Então, que tal criar o dia da verdade, para ver se as coisas melhoram?

Uma semana de fé

No dia 27 de março, realizada uma grande celebração na Praça Santa Cruz em Ouro Branco, para festejar a ressurreição de Jesus Cristo e marcar o final da Semana Santa, que consiste numa tradição religiosa católica que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

  A semana Santa começou com o Domingos de Ramos, dia 20, com uma missa, na Matriz de Santo Antônio e a tarde a benção de Ramos. Todas as outras  paróquias da cidade celebraram o dia. Durante todos os dias da semana houve procissões e missa campal, apresentação de corais e da Corporação Musical de Santo Antônio. No dia 24, aconteceu durante a missa campal a tradicional Lava-pés, padre Sebastião lavou os 12 apóstolos homens que participam da liturgia e a translação do Santíssimo.
  Durante o dia 25, teve atividades principalmente crianças catequizadas. E a noite apresentação do Quadro Vivo, uma peça dirigida e encenada por um grupo de moradores da comunidade que acontece há vários anos. De acordo com Padre Gilvan,  pároco da igreja Matriz de Santo Antônio, o objetivo é levar a mensagem de mais respeito, mais tolerância e trazê-los para a igreja e para a comunidade. A Semana Santa foi feita totalmente por pelos fieis voluntários que participaram a semana inteira.
  Vicente de Paulo Ambrosio que faz o personagem do centurião que chicoteia Cristo está na peça desde seus 17 anos. “Quem quiser participar no próximo ano me procure. Fazemos também o Alto de Natal”, explica.
  Para a realização da peça, o Hotel Mirante da Serra que cedeu os andaimes para fazer o palco, outras pessoas também ajudaram.
Padre Gilvan, Hoje, pároco da igreja Matriz de Santo Antônio, esteve no ano passado participando da semana Santa ao lado do padre Elídio, é a primeira vez como pároco da igreja.
  Segundo Gilvan, em Ouro Branco todos são fervorosos. Ele conta que toda a programação da Semana Santa teve como pano de fundo, a campanha da fraternidade, que tem como tema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). São sete igrejas no Brasil que participam desta campanha ecumênica.