quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Onde está a honestidade

  Há tempos comentei em um artigo sobre a honestidade, foi algo que vi numa novela, (às vezes novela serve para alguma coisa) onde o pai dizia para o filho, meio pilantra, que quando ele não tinha o que fazer, vendia honestidade. Disse também neste momento que a tal honestidade parecia que não tinha muito valor, haja visto que neste momento não sabemos onde enfiar a cara, de ver na televisão, tanta gente grande fazendo falcatruas.
Não por falta de gente honesta, por que essas têm aos montes, mas não são nunca procurados para representar o país.  Por que não buscam o Zé de trás do morro, talvez não seja tão sabido, mas tem fio de bigode.  Um dia desses, alguém dizia que não aguenta mais, aliás, ninguém aguenta.
  Perguntei-lhe então; onde começa o País? Qualquer um sabe que começa aqui no município, seja em Prados minha terra, ou Ouro Branco onde escolhi para viver, por razões óbvias, mas parece que o pessoal que comanda não sabe disso. Então é aqui que devemos começar a mudar, ou então não tem mais jeito.
  Estes dias passados, lí um livro de Domenico de Masi, o "Ócio Criativo". Não esse ócio de nada fazer, mas o de buscarmos alguma coisa mais interessante que só o trabalho. Trabalhei anos a fio em indústrias, inclusive em refinarias, e nenhuma delas ensinou-me a coisa mais importante para este período de minha vida, a de aposentado, que é como viver aqui fora. Aliás, as empresas parecem querer mesmo é se ver livre daquele operário, que não é mais atleta, mas tem conhecimento.
  O governo mesmo arrebentando com o INSS, conforme diz a toda hora em verso e proza, parece não se importar com a situação, senão não ficaria aí se preocupando com fumante e ia trabalhar mais para desenvolver este pobre país, pois aí não entramos mais nas estatísticas de desempregado, afinal aposentado não é desempregado, apenas mais um vagabundo, como disse certo presidente que todos devem se lembrar. Enfim é isso, vamos indo como bola de vôlei de uma área para outra, sem ter quem rebata.

Antônio Ivan

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