A Associação de Cultura Afro Descendente (Acafro) realizou na última semana, uma intensa programação para homenagear o dia Nacional da Consciência Negra, que foi celebrado no último dia 20 de novembro.  A programação contou com apresentações de teatro, capoeira e outras tantos em lugares fechados como também em praças, uma vez que a associação pretendia mostrar todos que a cultura negra faz parte da cultura do povo brasileiro.
Na quarta-feira, dia 20, foi apresentada uma peça de teatro, que mostrou ao público a vida de Calanga.  O objetivo era mostrar a todos que Calanga era um rei na cidade africana chamada Congo e foi trazido para o Brasil e depois para Ouro Preto como escravo. Aqui, ele ganhou o nome de Chico e hoje é conhecido como Chico Rei.  A peça foi organizada pela professora Letícia, coordenadora da oficina de teatro e apresentava no Colégio Cônego Luiz Vieira. Houve ainda apresentações no Colégio Levindo Lopes.
  A praça denominada Rotor e a avenida Mariza Souza Mendes, em frente ao Ouro Shopping, foram alguns dos lugares que a Associação escolheu para as apresentações em áreas livres. Nestes locais houve apresentações de capoeira, uma das tradições africanas mais disseminadas entre o povo.  “Os trabalhadores que vieram de outras cidades gostaram muito das apresentações, eles nem sabiam que a Acafro existe e gostaram muito de ver que gostamos, respeitamos e divulgamos a cultura negra”, explica Rondinele de Azevedo, vice-presidente da entidade.

De acordo com ele, o dia Nacional da Consciência Negra é um dia marcado pela luta contra o preconceito racial e dedicado a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data coincide com o dia da morte de zumbi. “O dia marca também uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história”, diz o vice-presidente.