terça-feira, 22 de março de 2022

 

Coluna de Pedro Chaves

Como você nomeia esse pássaro?


A foto da semana é de um canarinho, conhecido aqui em Ouro Branco como chapinha ou canário da terra. Em outros Estados, ele tem outros nomes. Em Santa Catarina, esse pássaro é conhecido como canário-da-horta, canário-da-telha e na Bahia é chamado de Canário-do-chão e no Ceará Canário-do-reino. Além disso seu nome científico traduzido para o idioma Português significa Pequeno amarelinho. Dedico ao amigo o Coronel Sergio Cardoso, sempre um grande admirador da ave e defensor da natureza.  

 Características – Ele tem 13,5 centímetros, pesa média 20 gramas e possui cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é preta e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem têm a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração amarela. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.

 Pelo seu lindo canto é frequentemente aprisionado como ave de cativeiro (está entre as 10 mais apreendidas, segundo o Ibama), mesmo tal ato sendo considerado crime federal pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

 Possui cinco subespécies reconhecidas, sendo duas brasileiras. A Sicalis flaveola brasiliensis, que  ocorre no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Machos com o alto da cabeça alaranjado brilhante, ultrapassando a região da órbita. Dorso oliva, com poucas estrias. Ventre amarelo brilhante. Asa marrom escura, com a borda externa das penas amarela. Cauda marrom escura, com as bordas das penas amarelas. Fêmeas e jovens com finas estrias na cabeça e no dorso, crisso amarelado. Um distinto colar amarelo estriado no peito, dividindo a garganta e o ventre, que são esbranquiçados. As fêmeas mais velhas tendem a ter o peito e o ventre mais amarelados, podendo lembrar a plumagem de machos.

 Os exemplares machos do Nordeste, em especial do PI, CE, RN, PB e PE, são de um amarelo mais forte e brilhante, com coroa vermelho-alaranjada e maior, dorso com poucas e finas estrias e levemente esverdeado (em vez de oliva). As fêmeas, além de serem também amarelas, possuem igualmente a mancha vermelho-alaranjada no alto da cabeça, embora menor que nos machos. Alguns estudiosos preferem tratar tal forma como uma subespécie distinta.

 Alimentação - Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo, portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

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