quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Prefeitura entrega antiga Casa Paroquial restaurada

A Prefeitura de Ouro Branco entregou, as obras de restauração da antiga Casa Paroquial de Ouro Branco, durante solenidade realizada na última sexta-feira, dia 23 de dezembro.  Está é a terceira restauração que foi entregue este ano pela Prefeitura, que também entregou a Fazenda Carreiras e a Praça Santa Cruz.   A solenidade contou com a apresentação da Banda Sociedade Artística Musical Santo Antônio., que tocou o Hino Nacional e de Ouro Branco, além de várias músicas natalinas, o cantor Rogério, dentre outras atrações.  

Mauro Fonseca da Silva, presidente do Conselho Municipal das Políticas Públicas, a restauração foi muito importante, uma vez que a casa é um complemento da Praça Santa Cruz. “Estamos agradecidos por essa obra e o Conselho participou ativamente por meio de reuniões e ações”, disse. O diretor-presidente do Instituto Iara Tupinambá ressaltou dizendo que a cultura faz parte da vida da cidade. “ Esse casarão não é somente um bem tombado, ele é um bem sagrado”, completa. Na oportunidade, ele fez uma homenagem ás pessoas que restauraram a casa, entre elas, operários, técnicos e outras pessoas.  Além disso, entregou uma gravura de Iara Tupinambá para a prefeita de Ouro Branco.

As obras iniciaram-se em julho. Foram restaurados o telhado, as cimalhas, os portais em pedra sabão, o piso, as paredes, portas e janelas e os forros, dentre eles, o principal que possui elementos artísticos. Foi realizado ainda o projeto elétrico e de segurança que nunca existiu. O valor da obra foi conseguido através de edital do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para as cidades, junto com o recurso da Praça e o valor da obra do Casarão ficou no total de R$ 1.272.090,45.

O imóvel é tombado pelo Decreto Municipal de nº 3.815-A/2002, pertence à Prefeitura Municipal de Ouro Branco e provavelmente abrigará o “Memorial de Ouro Branco”, unidade museológica que contará a história dos ciclos econômicos do município (Ouro, Uva, Batata e Aço), conforme projeto arquitetônico aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN).

Para Elizabeti Márcia Felix Rodrigues de Oliveira, a restauração foi um sonho que ela acalentou durante 10 anos e ajudou a construir. “Após a minha nomeação para ser Secretária de Cultura e Patrimônio em março de 2015, tive a oportunidade de concretizar esse sonho com a ajuda de várias pessoas e claro que com o apoio e o desejo político da Prefeita Cida Campos. Esse bem cultural fantástico deve ser preservado para que faça parte da vida das novas e futuras gerações do nosso município”, completa.

Cida Campos explicou que esse momento começou a ser construído no ano de 2013, com um projeto de captação de recurso pelo BDMG, que se concretizou em 2015. “Com muito trabalho e esforço conseguimos entregar essa obra esse ano. Essa é a casa mais antiga de Ouro Branco e com essa restauração, estamos resgatando nossa história”, reflete.

A Antiga Casa Paroquial e a Igreja Matriz de Santo Antônio são dois pilares do Patrimônio Histórico de Ouro Branco que formam um pequeno conjunto de singular beleza no centro histórico, depositários da memória do antigo povoado que resistem ao progresso. Segundo relatos o imóvel em questão teve seu uso original vinculado às atividades religiosas tendo servido de Casa Paroquial. Sua relativa proximidade com a Igreja Matriz pode servir de embasamento para esta tese, uma vez que as residências eclesiásticas se encontravam, na maioria das vezes, em espaços contíguos aos templos.

A Antiga Casa Paroquial possui características comuns às construções do período colonial, a edificação datada de 1759, conforme inscrição em pedra sobre sua portada principal, apresenta soluções construtivas elegantes com cimalhas, enquadramento de vãos e cunhais detalhados em pedra, marcada pela modulação regular de portas e janelas. Seu corpo principal apresenta paredes sobre alicerces e porões em pedra, com revestimentos em reboco de barro e caiação, sendo as vedações internas de pau-a-pique. A sala principal apresenta pintura policromada com motivos fitomórficos.

A restauração ficou por conta do Instituto Yara Tupynanbá que é uma associação sem fins lucrativos, declarado de utilidade pública pelo município de Belo Horizonte pela Lei nº 9.328 de 28 de agosto de 2004 e Utilidade Pública pelo Estado de Minas Gerais pela Lei nº 15.068 de 31 de março de 2004. O Instituto vem ao longo dos anos realizando atividades na área de conservação e restauro com competência e respeitabilidade no mercado, com atestados de capacidade técnica.

Bebedouro público
Na mesma data da entrega do casarão, foi inaugurado ainda um bebedouro público ao lado da antiga Casa Paroquial. A instalação do bebedouro foi feita devido a renovação do Convênio entre a Copasa e a Prefeitura. A moradora do Centro, Vera Lúcia Almeida Salgueiro foi a primeira pessoa a usar o equipamento e aprovou a ideia. “Será muito bom. Muitas vezes estamos no centro com sede e não tinha onde beber agua”.























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