Editorial
Mãe é aquela que fica
No
próximo domingo, dia 8 de maio, comemora-se o dia das mães e para homenageá-las
irei publicar esse texto. Ressalto que ele não é de minha autoria, acho que é
de domínio público. Caso alguém conheça o autor, me avise que coloco nas
próximas edições.
Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a
luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica. Às vezes não fica em
presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho,
nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre
fica.
Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora
certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o
amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio. Mãe fica.
Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica
espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou.
Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.
É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença
inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe. Mãe é
quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai
embora. Quando as certezas se desfazem.
Mãe fica. Mãe é a teimosia do amor, que insiste em
permanecer e ocupar todos os cantos. É caminho de cura. Nada jamais será mais
transformador do que amar um filho. E nada jamais será mais fortalecedor que
ser amado por uma mãe.
É porque a mãe fica, que o filho vai. E no filho
que vai, sempre fica um pouco da mãe: em um jeito peculiar de dobrar as roupas.
Na mania de empilhar a louça só do lado esquerdo da pia. No hábito de sempre
avisar que está entrando no banho. Na compaixão pelos outros. No olhar sensível.
Na força pra lutar. No coração do filho, mãe fica.
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