Coluna de Pedro Chaves
Como você nomeia esse pássaro?
A foto
da semana é de um canarinho, conhecido aqui em Ouro Branco como chapinha ou
canário da terra. Em outros Estados, ele tem outros nomes. Em Santa Catarina,
esse pássaro é conhecido como canário-da-horta, canário-da-telha e na Bahia é
chamado de Canário-do-chão e no Ceará Canário-do-reino. Além disso seu nome
científico traduzido para o idioma Português significa Pequeno amarelinho. Dedico
ao amigo o Coronel Sergio Cardoso, sempre um grande admirador da ave e defensor
da natureza.
Características
– Ele tem 13,5 centímetros, pesa média 20 gramas e possui cor amarelo-olivácea
com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda
cinza-oliva. A íris é preta e o bico tem a parte superior cor de chifre e a
inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem têm a parte
superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e
cauda e tarso quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração
amarela. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e
levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.
Pelo
seu lindo canto é frequentemente aprisionado como ave de cativeiro (está entre
as 10 mais apreendidas, segundo o Ibama), mesmo tal ato sendo considerado crime
federal pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
Possui cinco
subespécies reconhecidas, sendo duas brasileiras. A Sicalis flaveola
brasiliensis, que ocorre no Maranhão,
Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
São Paulo. Machos com o alto da cabeça alaranjado brilhante, ultrapassando a
região da órbita. Dorso oliva, com poucas estrias. Ventre amarelo brilhante.
Asa marrom escura, com a borda externa das penas amarela. Cauda marrom escura,
com as bordas das penas amarelas. Fêmeas e jovens com finas estrias na cabeça e
no dorso, crisso amarelado. Um distinto colar amarelo estriado no peito,
dividindo a garganta e o ventre, que são esbranquiçados. As fêmeas mais velhas
tendem a ter o peito e o ventre mais amarelados, podendo lembrar a plumagem de
machos.
Os
exemplares machos do Nordeste, em especial do PI, CE, RN, PB e PE, são de um
amarelo mais forte e brilhante, com coroa vermelho-alaranjada e maior, dorso
com poucas e finas estrias e levemente esverdeado (em vez de oliva). As fêmeas,
além de serem também amarelas, possuem igualmente a mancha vermelho-alaranjada
no alto da cabeça, embora menor que nos machos. Alguns estudiosos preferem
tratar tal forma como uma subespécie distinta.
Alimentação
- Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora
(come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as
sementes, sendo, portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente
alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de
milho.
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