domingo, 19 de fevereiro de 2012

Assalto à lotérica fecha comércio e amedronta população



Três assaltantes fazem reféns e são presos em cerco policial

Momentos de tensão e terror. Assim descrevem os comerciantes e moradores da cidade que presenciaram na segunda-feira (06) um crime que vai ficar na história da cidade. Eraquase 19h, momento de fechar as lojas do principal Centro Comercial de Ouro Branco, quando três homens armados decidiram assaltar a Lotérica Estrela da Sorte. Neste momento, a Polícia Militar recebeu uma denúncia pelo 190 sobre o assalto e a viatura que fica na avenida Mariza de Souza Mendes, bem próximo ao ponto do crime, foi acionada. Ao perceber a movimentação da polícia, os bandidos reagiram e atiraram. Os PM’s responderam com tiros de borracha. A partir daí, Policia Militar, Civil e a Justiça fizeram um trabalho em conjunto para liberar os cinco reféns que estavam no local. Entre eles, funcionários da lotérica e clientes que foram pegos de surpresa.
Pelas ruas, o assunto tomou conta das rodas de conversa. A população ficou assustada com a ousadia dos bandidos. Nas redes sociais, o assunto tomou conta dos perfis dos ourobranquenses e ganhou as páginas dos jornais da capital e até o noticiário da TV. “Foi um susto enorme. Quando ouvimos os primeiros tiros, tentamos fechar as portas, mas não deu tempo. Juntamos com os clientes e ficamos quietos no fundo da loja.  Foram momentos de pânico. Nunca imaginei passar por isso”, disse uma comerciante que não quis se identificar, mas que trabalha em um dos pontos próximos da lotérica. Já a economista D., que pediu para não ser identificada, ficou presa em uma das lojas e só soube do assalto quando os assaltantes se renderam. “Eu estava fazendo compras, mas como não sabia de onde viam os tiros, entrei  na primeira loja que vi. Estávamos afastadas, mas a dona do lugar fechou as portas e lá dentro ficamos trancados até avisarem que tudo estava tranqüilo. Foi aterrorizante. Ficar ali fechada sem saber o que acontecia enquanto havia a troca de disparos. Deixei meu carro no shopping e só voltei para buscá-lo mais tarde. Nunca mais quero passar por isso”, explicou.
Foi uma negociação tensa, mas inteligente. Os dez policias fortemente armados contaram com o apoio do Promotor de Justiça, José Lourdes de São José, que comandou o diálogo com os bandidos e conseguiu tranquilizar os reféns. Houve troca de tiros, mas pouco a pouco os três homens foram convencidos de que o melhor era se entregar. Dois coletes a prova de balas foram entregues aos bandidos, em troca de uma das armas e três reféns. Em um ato ousado, um dos assaltantes tentou se passar por um dos reféns, mas logo foi identificado e preso. O momento mais difícil foi quando dois bandidos ficaram na lotérica coma arma apontada para dois funcionários da loja. Depois de uma forte negociação com o promotor, eles soltaram as duas vítimas, jogaram as armas e se entregaram.
Os três assaltantes foram identificados como Aliston Alexandre Moreira, 22 anos, nascido em Betim. Helton Araújo Andrade, 28, de Ribeirão das Neves. Mateus Ferraz Ramos, 18, também de Betim foi o que tentou sair como refém.  Com os três foram apreendidos dois revólveres e uma pistola e cerca de R$18 mil roubados da lotérica. Durante a revista aos três,Aliston escondia R$ 3,42 mil na cueca.  Mateus e Helton foram identificados com os mesmos homens que roubaram a joalheria Sônia Jóias no dia 20 de janeiro. O que mais chamou a atenção é que um deles (Aliston) usava o uniforme da Paranasa, uma das empreiteiras que presta serviços na cidade.

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