Nestes
últimos tempos, final de novembro início de dezembro, estive internado,
primeiro em Prados, depois em Ouro Branco, motivado por uma crise de esofagite
e pude então entender um pouco mais sobre esse profissional de saúde, às vezes
não tão valorizado e entendido, conforme deveria ser.
Às
vezes não percebemos essa figura que fica a rondar os corredores dos hospitais,
durante toda a noite, trazendo alívio a quem precisa e alegria a quem a busca, se
é possível ter alegria num ambiente desses.
Não é o médico, às vezes um semideus, às vezes descuidado e arrogante,
que faz daquele momento um tempo menos dolorido a dor mais amena, pois nós
estamos mais para resistir a dor do que ao sorriso e a bondade.
Quando
tocamos a campainha de chamada, quando o soro parece muito ou acabou, quando a
dor nos encontra, é ele que chega com seu sorriso e nos traz alívio e ameniza a
nossa dor.
Lembro-me
de uma passagem por um hospital de Salvador, naz Bahia, quando eu meio
enciumado, era minha esposa que lá estava, quando um enfermeiro disse:- Eh
cara! na enfermaria não existe sexo. Só agora vim compreender essa máxima,
enfermaria não tem sexo. Tem sorriso, tem bondade tem alívio da dor. Num hospital não é o médico que conta, é você
enfermeiro, que passa a noite acordado, para que possamos dormir, para que
possamos viver.
Obrigado vocês enfermeiros (a), por
terem a vocação e a bondade no coração. Estando no fim do ano, quero pedir a
benção de Deus para vocês e lhes dizer: Deus lhes pague.
Antônio
Ivan de Carvalho, que aí esteve e muito ficou a lhes dever.
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