Pássaros da região do
Alto Paraopeba
(Colunista Pedro
Chaves)
Você já ouviu o Sabiá Laranjeira cantar?
Imortalizado por Luiz Gonzaga e Zé Dantas, por meio da música Sabiá, o Sabiá-laranjeira será o tema da coluna essa semana. Por isso, a foto da semana é de um sabiá laranjeira, feita na comunidade de Campo Grande na cidade de Ouro Branco, e dedicada ao amigo Edinho, gente boa, genro do saudoso Geraldo Barbosa.
Seu nome
cientifico é Turdusrufiventris, de acordo com a WikiAves - A Enciclopédia das
Aves do Brasil. Ave símbolo do estado de
São Paulo, também considerada ave símbolo do Brasil (apesar de muitos
contestarem alegando a ararajuba como a representante brasileira), o sabiá-laranjeira, também
conhecido como sabiá-cavalo, sabiá-ponga, piranga, ponga, sabiá-coca,
sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-gongá, sabiá-laranja, sabiá-piranga, sabiá-poca,
sabiá-amarelo, sabiá-vermelho e sabiá-de-peito-roxo.
É uma ave
popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor, ou
seja, na primavera. Foi imortalizado na “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias,
juntou-se oficialmente aos outros quatro símbolos nacionais, a bandeira, o hino, o brasão de armas e o
selo, passando a ter a mesma importância deles na representação do Brasil em 3
de outubro de 2002, por decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o ornitólogo Johan Dalgas Frisch,
mentor do decreto de
3 de outubro, são 12
as espécies de sabiás no Brasil, sendo que o pássaro assume outras denominações
em regiões diferentes. Assim, ele tanto pode ser caraxué (Amazonas), sabiá-coca
(Bahia), sabiá-laranja (Rio Grande do Sul) e ainda sabiá-de-barriga-vermelha,
sabiá-ponga e sabiá-piranga em lugares diferentes.
Em tupi, sabiá significa “aquele que reza muito”, em
alusão à voz dessa ave. Segundo uma lenda indígena, quando uma criança ouve,
durante a madrugada, no início da primavera, o canto do sabiá, será abençoada com
muita paz, amor e felicidade.
No Brasil podem ser encontradas outras espécies de
sabiá, tais como: sabiá-una, sabiá-barranco, sabiá-poca, sabiá-coleira, sabiá-do-banhado, sabiá-da-praia, sabiá-gongá, sabiá-do-campo, entre outros, embora estas
últimas quatro espécies não pertençam ao gênero Turdus e consequentemente à
família Turdidae.
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