A Semana da Música de Ouro Branco completa dez anos em
2014 e já tem data marcada. A décima edição do festival, promovido pela Casa de
Música, referência no ensino e difusão da música erudita, será realizada entre
os dias 10 e 16 de outubro.
Além de concertos e recitais, a Semana da Música oferece
oficinas com professores renomados. Este ano estão confirmadas as presenças de
virtuoses como Theodora Geraets (violino), Renato Bandel (viola), Volkan Orhon
(contrabaixo), Viviane Taliberti (piano), Hyu-Kyung (violino),
Eduardo Swerts (violoncelo), Risa Adachi (piano),
maestro Charles Roussin, entre outros. Uma novidade é que, em 2014, o
violoncelista Matias de Oliveira Pinto assume a direção artística do festival,
que continua sob a coordenação de Kênia Libânio, com produção de Gustavo Farias
O festival recebe alunos não só de Minas Gerais, mas de
diversos estados brasileiros e até mesmo de fora do Brasil. “Este ano virão
para Ouro Branco 25 estudantes do Chile. A troca de experiências entre os
alunos é um dos destaques da Semana da Música. Afinal, o intercâmbio de
informações e conhecimentos contribui muito para o enriquecimento cultural”,
ressalta Kênia Libânio.
A abertura da Semana da Música será dia 10 de outubro,
sexta-feira, às 21h, na igreja Matriz de Santo Antônio, belo exemplar do
barroco mineiro que passou por obras de restauração recentemente. Na ocasião,
se apresenta a Orquestra de Câmara de Ouro Branco, sob regência de Charles
Roussin, com solos de Alexandre Barros (oboé), Gustavo Trindade (trompa), Lucas
Filho (trompa) e Giovanni Martins (oboé). Com apenas 13 anos, Martins já
conquistou o ‘Prêmio Revelação’, do concurso Jovens Solistas da Fundação Clóvis
Salgado. Hoje se apresenta como solista com grandes orquestras. No repertório
da noite, obras de Georg Philipp Telemann, Antonio Vivaldi, representantes da música da primeira
metade do século XVIII; e Wolfgang Amadeus Mozart, o gênio do período clássico.
No sábado, 11 de outubro, às 21h, no auditório do Hotel
Verdes Mares, o festival recebe o Quarteto de Cordas de Osorno, Chile, que
executa A Morte e a Donzela, de Franz Schubert. O quarteto de
cordas nº 14 em ré menor, conhecido popularmente como A Morte e a Donzela,
é uma importante obra de música de câmara. Foi composta em 1824, após Schubert
ter descoberto que contraíra sífilis. Ele sentia que estava morrendo e, por
isso, a obra é considerada uma mensagem do compositor. O
quarteto é nomeado pelo tema do seu segundo movimento, andante con moto, o qual Schubert retomou de uma canção, um lied, escrito em 1817 com o
mesmo título. É uma das obras-primas do período mais maduro de Schubert. A noite de domingo, 12 de outubro, às 21, no auditório do
Hotel Verdes Mares, promete ser especial. Isso porque o concerto reúne pela
primeira vez este ano vários professores do festival, nomes de destaque da
música erudita: Theodora Geraets e Hyu-Kyung Jung (violino); Renato Bandel
(viola); Matias de Oliveira Pinto e Eduardo Swerts (violoncelo); Volkan Ohron
(contrabaixo) e a pianista Risa Adachi. No programa estão composições de W. A.
Mozart, Giovanni Bottesini e Nino Rota.
O dia 13 de outubro, segunda-feira, será dedicado ao
piano. Os pianistas Viviane Taliberti, Ignácio González, Karen Villegas e
Macarena Valladares apresentam um repertório com heterogeneidade estética, que
explora a vastidão do registro do piano, usado como um instrumento plural, que
também pode ser coletivo. Por isso escolheram Sonata em Ré M, KV 381, de
W.A. Mozart, para quatro mãos; Romance em Lá M, de Sergei Rachmaninoff, para seis mãos; Noturno op. 186 n° 5, de J.W. Kalliwoda,
com a violista Daniela Fernández; e Cenas
do Oriente – 6 Improvisos op. 66, de
Schumann, para quatro mãos. O concerto será no auditório do Hotel Verdes Mares,
às 21h.
Já no dia 14 de outubro, terça-feira, ganham destaque
as cordas de Theodora Geraets (violino), Renato Bandel (viola), Matias de
Oliveira Pinto (violoncelo), Volkan Ohron (contrabaixo) e o piano de Viviane
Taliberti. O publico poderá apreciar, no auditório do Hotel Verdes Mares, às
21h, obras de Ludwig van Beethoven e R. Schumann. Se Beethoven foi o compositor que abriu o
caminho para o Romantismo, Schumann é um dos primeiros compositores românticos
da geração imediatamente posterior.
No dia 15 de outubro, quarta-feira, é a vez dos
alunos da Semana da Música se apresentarem com os professores Theodora Geraets
e Hyu-Kyung Jung (violino), Renato Bandel (viola) e Eduardo Swerts
(violoncelo). O programa escolhido foi Octeto em Mib Maior, op. 20, de
Felix Mendelssohn. O concerto será às 21h, na Capela de Santana do Hotel
Fazenda Pé do Morro, obra-prima do arquiteto Éolo Maia. A capela está
localizada a quatro quilômetros da área urbana de Ouro Branco, às margens da
rodovia MG129, antiga Estrada Real, e aos pés da serra da cidade. A Capela de
Santana foi concebida privilegiando uma ruína existente, que tornou-se o
elemento fundamental da edificação em estilo contemporâneo realizada pelo
arquiteto.
O encerramento do festival também será na Capela de
Santana, dia 16 de outubro, quinta-feira, às 21, quando se apresenta a
Orquestra de Câmara da 10ª Semana da Música, com regência de Charles Roussin e
solo de Matias de Oliveira Pinto (violoncelo). No repertório, Concerto para
violoncelo em Sol menor, de Georg Matthias Monn; e Serenata para Cordas op.22, de Antonín Dvorak. A Semana da Música tem patrocínio da
Cemig, por meio da Lei Rouanet. Todas as
entradas para os concertos são gratuitas.
Evento- A
Semana da Música, uma realização da Casa de Música de Ouro Branco, há dez
anos reúne ícones nacionais e internacionais da música erudita, estudantes de
vários estados brasileiros e até mesmo de outros países. Os olhos de todo
o cenário musical do Brasil e do mundo se voltam para a cidade do interior de
Minas, que tem cerca de 30 mil habitantes. Música é o que se escuta nos quatro
cantos do município: nas praças, nos colégios, no supermercado, nos centros
sociais e culturais.
O festival tem como principais objetivos o aperfeiçoamento
técnico e musical, a promoção de intercâmbio cultural, a divulgação da música
erudita e a ampliação do seu acesso. Além do aspecto cultural e social, o
evento também proporciona geração de renda e postos de serviços na região,
através da contratação de pessoas físicas e jurídicas para a prestação de
serviços de infraestrutura e produção.
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