terça-feira, 2 de outubro de 2012

O ALTO PARAOPEBA -Porque Sr. se candidatou a prefeito de Ouro Branco? Entre as qualidades de um bom administrador público, quais são mais fortes no Sr?
Odilon - A minha candidatura não foi uma decisão apenas minha. Várias pessoas e diversos setores da sociedade ourobranquense, em busca de uma candidatura mais “limpa”, há muito vinham me procurando para propor meu nome nas eleições deste ano Entendamos “mais limpa”como uma opção com maior índice de aceitação e possibilidades de crescimento quando em campanha, por não ter acordos políticos prévios ou alto índice de rejeição popular, e ter um bom histórico durante minha vida pública, quando funcionário, vereador, secretário e vice-prefeito. Quanto às qualidades de um bom administrador, tenho a consciência tranqüila de dizer e todos poderem comprovar a transparência de caráter, sou exatamente esta pessoa que aqui fala, dentro ou fora da função pública, em casa, na rua, na companhia de quem querque seja, não uso máscaras. Ética, honestidade, que apesar de não acreditar que sejam atributos especiais, mas que deveriam ser comuns em qualquer pessoa, principalmente naqueles que pleiteiam um cargo público. Responsabilidade, que sempre assumi perante meus compromissos. Comprometimento com aqueles que contam, precisam, acreditam em mim. Respeito, com os mesmos, e com quem estiver ou não comigo.
O ALTO PARAOPEBA 2-Fale um pouco sobre quem é você?
Odilon - Meu nome é Odilon Alicio Vieira, sou natural de Ouro Branco, tenho 46 anos, sou casado, pai de dois filhos. Fui metalúrgico, professor, servidor público (1993 a 1996), vereador (1997 a 2000) destacado publicamente por minha postura firme e austera nos trabalhos legislativos. Vice-prefeito (2001 a 2004), secretário de educação (2001 a junho de 2002). secretário de promoção social (2009 a 30 de Abril de 2012). Atualmente sou produtor rural, e estudante, cursando o último período de administração. Procuro sempre conservar meu objetivo de defender os interesses da comunidade de Ouro Branco.
O ALTO PARAOPEBA 3-Quem é seu vice? Fale um pouco sobre ele.
Odilon - Meu candidato a vice-prefeito, Wanderson carinhosamente conhecido por todos como “Prof. Sapo” é natural de Ouro de Branco, 31 anos, casado, pai de um filho. Formado em Educação Física, professor de capoeira há 15 anos, desenvolve alguns projetos e trabalhos sociais desde 2002, iniciando na praça Santa Cruz, trabalhando com crianças carentes. Fundou a Associação de cultura Afro-brasileira de Ouro Branco (Acafro) em 2009 que, atualmente,  trabalha em áreas de vulnerabilidade, promovendo cultura e auxiliando na melhoria da qualidade de vida das pessoas mais carentes.
O ALTO PARAOPEBA 4-Fale um pouco da sua coligação. Porque esse lema? Quantos partidos são?  Quais são eles?
Odilon - Na verdade, não houve uma coligação partidária. Ela foi feita com as pessoas, o lema é “Ouro Branco de cara limpa”, justamente pelos motivos citados na primeira questão desta entrevista.
O ALTO PARAOPEBA 5-O que levou o sr. e seu partido a escolher essa coligação? Quais as afinidades que vocês têm?
Odilon - Como disse, minha coligação é com as pessoas que querem fazer política com ética, transparência, seriedade, respeito, com compromisso com as pessoas de nossa cidade. Hoje o termo “política” está tão desgastado, tão fundido com “politicagem” que as pessoas estão fugindo dessas situações, inclusive de contato com “políticos”. Queremos apresentar uma nova maneira de trabalhar com a população, o que outros chamam de “fazer política”, não queremos mais esta expressão tão repulsiva. Queremos fazer uma parceria com o povo, dividir seus problemas, auxilia-lo em suas dificuldades, conduzir, juntos, Ouro Branco para um destino mais igualitário, mais justo para todos.

O ALTO PARAOPEBA -Se eleito, o que você acha que Ouro Branco mais precisa? O que precisa ser feito com mais urgência?
Odilon - Há muitas coisas a serem feitas e sempre haverá. Pretendemos, a princípio, investir firmemente em programas que promovam a qualidade de vida da sociedade, como saúde, educação, segurança e lazer. Como fazer isso, aos poucos e, como dito, em conjunto, povo e governo, todos verão como.

O ALTO PARAOPEBA - Conversando com as pessoas, muitas reclamam que o centro da cidade precisa de uma revitalização. Há algum projeto do senhor para essa área?
Odilon - Sim, precisamos resgatar alguns setores, revitalizar outros e construir outros. O espaço urbano da região central tem uma diversidade de situações e necessidades que serão avaliadas e as ações organizadas por prioridade. Por exemplo, a praça Santa Cruz precisa ser resgatada em sua estrutura arquitetônica e revitalizada em seus espaços de uso. As vias de circulação de pedestre e veículos devem ser revitalizadas e outras construídas. Assim por diante.

O ALTO PARAOPEBA - Todos sabemos que o setor de saúde está com problemas em todo o Brasil. O que o sr. pensa fazer para amenizar o problema em Ouro Branco?
Odilon - Hoje, o que se tem proposto para resolver o problema da saúde nos municípios pelos agentes públicos e pelos candidatos, tem passado longe do ideal para resolver definitivamente o problema da ineficiência dos serviços públicos de promoção da saúde da população. Não vamos ignorar os avanços já ocorridos nos últimos anos, inclusive em Ouro Branco, mas queremos buscar a excelência através de um comprometimento verdadeiro de nossa gestão. Investiremos na prevenção, no atendimento clínico prévio, nas especialidades, nas parcerias, na adaptação das unidades de saúde e na urgência. Precisamos de uma ação sólida, com fundamentação técnica e científica, cujo propósito seja o fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família como centro gravitacional da organização dos modelos de atenção à saúde, fundamentados também na lógica do cuidado ampliado e integral das necessidades de saúde das pessoas, mediante práticas de acolhimento, humanização assistencial e organização da assistência num sistema de redes Intercomplementares.
Uma proposta defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) bem como pelo Ministério da Saúde do Brasil é a construção de uma estrutura que, resumidamente, compõe-se de Unidades de Saúde da Família, sendo uma para cada 800 famílias (cerca de 3000 hab.), composta por médico, dentista, enfermeiro e agentes comunitários de saúde generalistas em regime de dedicação exclusiva, operando segundo as diretrizes fundamentais do SUS de cuidado centrado na pessoa, integralidade da assistência e acolhimento. Além dessas unidades, ou melhor, para cada duas destas unidades constituir um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), composto por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, pediatra, ginecologista, psicólogo e assistente social, que servirá de apoio ao trabalho das Unidades de Saúde da Família (USF). E, para a totalidade, um hospital onde seriam lotados os especialistas e o serviço de pronto atendimento que só atenderiam casos referenciados pelas USF’s.
Esta proposta tem como efeito o aumento da resolubilidade da assistência à saúde, a garantia dos direitos de cidadania na área da saúde, a humanização do atendimento e a qualificação dos profissionais e do modelo assistencial, como conseqüente melhora do nível de vida e saúde da população. E é isto que vamos fazer em Ouro Branco, assim que assumirmos a sua direção, resolvendo definitivamente e da maneira mais adequada técnica e cientificamente, como já dissemos o atendimento à população no que se refere à saúde.

O ALTO PARAOPEBA - Quais são as metas que o senhor tem para a área de educação?
Odilon - Ouro Branco é uma cidade privilegiada em relação à estrutura que possui para oferecer uma educação de qualidade aos seus munícipes, aliás, esta é uma característica comum a muitas cidades de Minas e em todo o Brasil, apesar de ainda haver muito a se investir. Temos um número de escolas mais do que suficiente para atender à demanda de estudantes que, já há algum tempo, vem mudando de perfil, isto é, os estudantes estão envelhecendo, assim como toda a população. Há menos alunos egressos no ensino fundamental a cada ano, com isso a necessidade de atender às necessidades de jovens e adultos, oportunizando a eles a preparação para o trabalho. O que é preciso fazer é manter atualizada a estrutura já construída e investimentos nos profissionais da educação, não só nos salários de professores, mas na constante análise, pesquisa e aperfeiçoamento deles, dos diretores, dos pedagogos e dos familiares. Estes últimos são parte essencial no processo da educação. Eles são, também, educadores que devem atuar junto à escola em busca de novos métodos, de uma nova pedagogia que não apenas copie modelos ditados por especialistas sem contato com o educando, com o aluno e suas individualidades. Devemos investir num novo método de trabalho, onde todos os interessados, os envolvidos citados acima mantenham um contato permanente, uma discussão constante, ininterrupta, um estudo em grupo para que a educação retome a função real para a qual foi criada: preparar o indivíduo para a vida em sociedade, em harmonia, em fraternidade, onde um se veja no outro, que cada um tenha a sensibilidade para prover o outro daquilo que lhe sobra. Vamos fazer uma educação menos mecânica e mais humana, mais sensível, mais ética, mais moralizante, com valores fortes e positivos para todos.

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