Governador Zema suspende “saidinha” de presos durante o
Carnaval
Fontes:
Agencia Brasil / Metrópoles
O
governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)
afirmou, nesta quarta-feira 7 de fevereiro, que o benefício da “saidinha” de
detentos durante o Carnaval foi suspenso em quase todas as 34 cidades da Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
Por ora, medida vale para a Região Metropolitana de BH.
Mas o governador quer estendê-la para todo o estado. “Segurança aos foliões”,
disse
A Secretaria estadual de Justiça tenta
ampliar a restrição para todos os municípios de Minas Gerais. O objetivo da
ação, segundo Zema, é oferecer “segurança aos foliões”. A suspensão, entretanto,
não significa o cancelamento do benefício, já que o detento ainda terá direito
à saída temporária. Porém, em outra época do ano.
Em entrevista à CNN, o governador citou
o caso do PM Roger Dias da Cunha,
que foi baleado na cabeça por um beneficiado pela “saidinha” e morreu, em
janeiro, em Belo Horizonte.
“Fiquei profundamente triste e constrangido com o fato e falei que em Minas
Gerais nós faríamos de tudo ao nosso alcance para que haja mais critério nessas
saidinhas. Eu quero um estado seguro. Quem trabalha, quem é policial não pode
ficar à mercê de pessoas que não merecem esse benefício”, disse Zema.
Comissão do Senado aprova fim do
"saidão" para presos
A Comissão de Segurança Pública (CSP) do
Senado aprovou nesta terça-feira (6) projeto de lei que acaba com a concessão
do benefício da saída temporária a presos, mantendo apenas para que possam
estudar. Os parlamentares aprovaram urgência para votação do texto em plenário,
sendo assim, não passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A legislação atual prevê a saída
temporária, conhecida como “saidão” ou “saidinha”, para condenados no
semiaberto. Eles podem deixar a prisão cinco vezes ao ano para visitar a
família em feriados, estudar fora ou participar de atividades de
ressocialização.
O projeto de lei revoga esse benefício. O
relator, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acatou emenda do senador Sergio Moro
(União-PR) para a manutenção do benefício aos presos que fazem cursos
profissionalizantes ou cursam os ensinos médio e superior.
O tema ganhou destaque após a morte
do sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar de Minas Gerais.
Ele foi baleado e morto ao abordar dois suspeitos de furto em Belo Horizonte,
no dia 5 de janeiro. O autor do disparo tinha deixado a cadeia em um “saidão” e
deveria ter retornado no dia 23 de dezembro.