sábado, 5 de setembro de 2020

Comerciante tem dificuldades de regularizar situação da filha adotada


A menina ACC, de nove anos entrou para a família do comerciante AOS quando nasceu, ou seja, com 0 ano. Ela foi doada à família pela própria mãe, logo que nasceu, ou seja, passou toda sua vida com está família. Neste período, o comerciante, que é morador de Ouro Branco, já tentou de todas as formas e por várias vezes, regularizar a situação da criança, ou seja, adotá-la formalmente para que a criança tenha o mesmo sobrenome da família e também os mesmos direitos dos outros filhos.

“Fizemos o pedido de adoção no mesmo ano em que acolhemos a criança e mesmo assim ainda não conseguimos regularizar a situação documental dela”, explica o comerciante. Além disso, ele conta que por várias vezes, a família recebeu a visita de uma assistente social que verificou e aprovou as condições em que a criança se encontra, mesmo assim a Justiça ainda não deu a adoção aos responsáveis.

E o pior, a criança pergunta por que não tem o sobrenome dos pais adotivos e não se sente confortável com a situação. Além disso, já sofreu bulling na escola por não ter o mesmo sobrenome dos pais. O comerciante AOS também se preocupa porque no caso de herança, a criança não terá nenhum direito legal aos bens da família, sendo que os pais querem que ela receba parte da herança, caso eles morram.

Perguntado o porquê a demora, o Fórum da cidade alega várias coisas, entre elas, excesso de processos, que os procedimentos para adoção são lentos e que faltam juízes para decidirem o caso. “Eu acho que é descaso mesmo”, explica o comerciante AOS.

Realidade - O tema da adoção no Brasil é um desafio de enormes dimensões, como comprova a análise dos dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), administrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Existem hoje cerca de 5.500 crianças em condições de serem adotadas e quase 30 mil famílias na lista de espera do CNA. O Brasil tem 44 mil crianças e adolescentes atualmente vivendo em abrigos, segundo o CNCA,  em fevereiro do ano passado, eram 37 mil.

 

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